Quebra-cabeça de Palavras

Quebra-cabeça de Palavras

O-lá!

A alfabetização é um processo que acontece no papel, mas começa dentro do cérebro do aprendiz. Cada avanço na leitura e na escrita depende de redes neurais que vão se formando, amadurecendo e se conectando a todo momento.

Por isso, compreender como o cérebro se desenvolve é fundamental para quem ensina. Esse conhecimento ajuda o educador a respeitar o ritmo de cada criança e a perceber que alguns desafios da alfabetização não se resolvem apenas com treino, mas com tempo e maturação neurológica.

Conforme Rudimar dos Santos Riesgo (2006, p. 39):

Para o domínio da anatomia da aprendizagem, é necessário o conhecimento das bases celulares, da neurobiologia e também o entendimento dos aspectos maturacionais do cérebro das crianças, à medida que crescem, se desenvolvem e aprendem.

Conhecer o funcionamento do cérebro infantil é, portanto, um ato pedagógico. É o que permite transformar o “não consegue ainda” em “vai conseguir”.

Hoje eu trouxe como sugestão o jogo “Quebra-cabeça de Palavras” com o intuito de contribuir nesse processo.

Vamos ver as habilidades estimuladas?

  • Percepção visual e atenção aos detalhes;
  • associação entre letras e sons;
  • leitura e escrita de palavras;
  • consciência fonêmica;
  • coordenação motora fina;
  • memória visual.

Sugestão de uso:

  1. Embaralhe e espalhe as peças dos quebra-cabeças sobre a mesa.
  2. A criança escolhe uma peça e precisa encontrar a outra que a completa.
  3. Depois de montar a figura, oriente-a a observar as letras e os sons que formam o nome da figura. Assim, ela faz a correspondência entre o que vê (letra) e o que ouve (som).
  4. Convide-a a modelar as letras da palavra com massinha de modelar, reforçando o aprendizado pelo movimento e pelo tato.
  5. Em seguida, entregue uma ficha com a mesma figura, mas sem a palavra escrita.
  6. A criança deve escrever o nome da figura sem olhar o quebra-cabeça.
  7. Quando terminar, mostre novamente a figura montada para que compare e confira o resultado, um momento importante de autonomia e autocorreção.

É isso! Quando o educador compreende os caminhos do cérebro em desenvolvimento, ele não ensina apenas a ler e escrever. Ensina respeitando o tempo maturacional de cada criança. Isso não significa deixar de estimular, mas sim reconhecer e acolher o ritmo de um cérebro que ainda está se formando. Todo jogo precisa ter um desafio, mas um desafio possível, que incentive e ensine com alegria.

Gostou do que viu por aqui?

Um abraço e até o próximo post!

Referência Bibliográfica:

RIESGO, Rudimar dos Santos. Anatomia da aprendizagem. In: ROTTA, Newra Tellechea; OHLWEILER, Lygia; RIESGO, Rudimar dos Santos. Transtornos da aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2006.

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  • 30 figuras para montar;
  • 30 fichas;
  • 01 embalagem;
  • instruções de uso.

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