Dedos em Ação

Dedos em Ação

O-lá!

A aprendizagem é um processo complexo que envolve diversas funções cognitivas, tais como a atenção, percepção e memória. Cada uma dessas funções desempenha um papel fundamental na forma como adquirimos e retemos novos conhecimentos. A atenção, por exemplo, é fundamental para que possamos focar em informações relevantes e ignorar estímulos irrelevantes, criando o ambiente mental adequado para o aprendizado. Já a percepção nos permite interpretar e organizar os estímulos sensoriais que recebemos, transformando-os em dados significativos que podem ser utilizados no processo de aprendizagem.

A memória, por sua vez, é responsável pela retenção dessas informações e pela capacidade de evocá-las quando necessário. De acordo com Rudimar dos Santos Riesgo (2007, p. 19):

Aprendizado e memória podem se confundir do seguinte modo: quando chega ao SNC uma informação conhecida, ela gera uma lembrança, que nada mais é do que uma memória; quando chega ao SNC uma informação inteiramente nova, ela nada evoca, e sim produz uma mudança — isso é aprendizado, do ponto de vista estritamente neurobiológico.

Dessa forma, o aprendizado pode ser visto como uma mudança significativa nas conexões neuronais, resultando na criação de novas memórias e na adaptação do cérebro a novas situações. 

Por isso, é essencial que a educadores levem em consideração a importância dessas funções no processo de ensino-aprendizagem. Quando bem estimuladas, essas funções cognitivas podem facilitar o aprendizado, tornando-o mais significativo e duradouro.

O jogo “Dedos em Ação”, a princípio, pode parecer um jogo para trabalhar reconhecimento de cores, mas ele vai além, estimula a atenção, percepção, memória, concentração, pensamento lógico, coordenação motora fina, coordenação motora bimanual. Enfim, um verdadeiro “primor” 🤩. Vamos ver como utilizar?

Sugestão de uso:
  1. Coloque as cartas em uma pilha com as imagens viradas para baixo. 
  2. Em seguida, oriente a criança a colocar as mãos sobre o tabuleiro. 
  3. Vire uma carta. A criança deve levantar apenas os dedos que têm círculos cujas cores correspondem à figura da carta.

Variação 1: A criança precisa levantar todos os dedos cujas cores não correspondem à cor da carta.

Variação 2: Vire duas cartas. Uma carta determina o dedo da mão direita que deve ser levantado, e a outra carta determina o dedo da mão esquerda.   

Vamos ver detalhadamente algumas habilidades estimuladas durante o jogo?

  • Atenção: A criança precisa focar nas cores das cartas e nas instruções dadas para saber quais dedos levantar, o que exige concentração e foco em detalhes específicos.
  • Percepção: O jogo trabalha a capacidade de observar e reconhecer cores, além de identificar as diferenças entre as cartas e relacioná-las com os movimentos correspondentes.
  • Memória: Ao jogar, a criança precisa recordar as regras e as instruções anteriores, o que fortalece a memória de trabalho.
  • Concentração: A atividade exige que a criança mantenha o foco durante a execução dos movimentos, aprimorando sua capacidade de se concentrar em tarefas.
  • Pensamento lógico: A criança precisa fazer associações entre cores e dedos, e tomar decisões lógicas para realizar o movimento correto.
  • Coordenação motora fina: O jogo envolve o movimento preciso dos dedos, o que desenvolve a habilidade motora fina, fundamental para tarefas como escrever.
  • Coordenação motora bimanual: Em algumas variações do jogo, a criança precisa usar ambas as mãos de forma coordenada, o que ajuda a integrar movimentos.

Viu que bacana? Conta pra mim o que você achou do jogo, eu amo receber feedback.

Um abraço e até mais ❤️

Referência Bibliográfica

RIESGO, Rudimar dos Santos. Anatomia da aprendizagem. In ROTTA, Newra Tellechea; OHLWEILER, Lygia; RIESGO, Rudimar dos Santos. Transtornos da aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2007.

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  • 01 tabuleiro;
  • 10 fichas;
  • 01 embalagem;
  • Instruções de uso.

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Talvez você queira saber:

1) O jogo “Dedos em Ação” pode ser usado para estimular o desenvolvimento de habilidades cognitivas em crianças com necessidades educacionais especiais?

Sim, o jogo “Dedos em Ação” pode ser utilizado de forma gradativa para estimular o desenvolvimento de habilidades cognitivas em crianças com necessidades especiais. O jogo pode começar com a utilização apenas da mão dominante, facilitando o processo para crianças que possam ter dificuldades motoras ou cognitivas. À medida que a criança ganha confiança e domínio, o desafio pode aumentar, utilizando a mão não dominante. O estágio final seria o uso de ambas as mãos ao mesmo tempo, promovendo o desenvolvimento da coordenação motora bimanual, além de trabalhar funções como atenção, memória e concentração. Essas adaptações progressivas permitem que o jogo seja flexível e acessível, respeitando o ritmo e as necessidades específicas de cada criança. 

2) Quais são as faixas etárias recomendadas para o uso do jogo?

O jogo “Dedos em Ação” é recomendado para crianças a partir de 4 anos, quando já possuem o desenvolvimento motor básico necessário para realizar movimentos com precisão. No entanto, ele pode ser utilizado por crianças de várias idades, incluindo até pré-adolescentes, pois os níveis de dificuldades podem ser ajustados para se adequar às diferentes faixas etárias e capacidades.

3) Existe alguma forma de avaliar o progresso da criança no desenvolvimento das habilidades ao longo do jogo?

Sim, uma forma de fazer isso é por meio da observação sistemática do desempenho da criança ao longo das rodadas. Por exemplo, você pode observar se a criança consegue identificar as cores com maior rapidez e precisão, ou se ela demonstra maior controle motor ao levantar os dedos corretos. Também é possível monitorar a capacidade de seguir as regras e fazer associações lógicas entre as cartas e os movimentos. Além disso, pode-se aumentar gradualmente a complexidade das instruções — como introduzir mais variações no jogo — e verificar se a criança consegue lidar com essas mudanças de forma eficiente. Registros informais de desempenho também podem contribuir.

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