O-lá!
É sabido que, ao contrário da linguagem oral, a linguagem escrita precisa de instrução para se desenvolver. Veja como é interessante: mesmo sendo um processo mais complexo do que o desenvolvimento da fala (porque não é inato), quando um bebê balbucia as primeiras tentativas de fala os adultos demonstram alegria, entusiasmo e, inclusive, imitam a fala deles; já quando se trata de leitura e escrita as primeiras palavras são consideradas erros e é comum a criança perceber os olhares tortos dos adultos.
[…] a aprendizagem da escrita não é um processo natural, como é a aquisição da fala: a fala é inata, é um instintor; sendo inata, instintiva, é naturalmente adquirida, bastando para isso que a criança esteja imersa em ambiente em que ouve e fala a língua materna. A escrita, ao contrário, é uma invenção cultural, a construção de uma visualização dos sons da fala, não um instinto. (SOARES, 2016, p.45, grifo do autor).
Estar preparado para alfabetizar e promover o letramento exige do profissional conhecimento dos processos cognitivos que levam um indivíduo a compreender como o código escrito funciona, a saber e fazer uso social da leitura e escrita, mas, também, exige sensibilidade. Entender que os “erros” fazem parte da caminhada. A criança precisa se sentir segura de que pode se expressar tanto na escrita, quanto na leitura e não sofrerá penalidade por seus “erros” da mesma forma que isso não aconteceu quando ela pronunciou suas primeiras palavras ou deu seus primeiros passos e caiu. Naquelas vezes ela foi acolhida, incentivada a continuar e isso também precisa acontecer na alfabetização.
O jogo que eu trouxe como sugestão hoje pode contribuir no trecho do caminho em que a criança já lê, porém silabicamente. Para essa, os textos precisam ser curtos. Do contrário, quando chega no final do texto ela já nem lembra mais o que leu no início.
Vamos ver então?
Sugestão de uso:
A criança escolhe uma carta. Observa a imagem e pode verbalizar o que vê.
Depois lê e tenta identificar qual parte do texto não combina com a imagem. No caso é “mentira”.
Ah, eu amei este jogo! E você?!
Abaixo tem um vídeo para você visualizar melhor o jogo.
Um forte abraço e até o próximo post!
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SOARES, Magda. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo: Contexto, 2016.
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3 Comentários
Parabéns pelo trabalho! Estou iniciando como Psicopedagoga e seus materiais irá me ajudar muito!
Amei seu material.
Bom dia, amei o jogo e obrigada por você está sempre compartilhando dicas maravilhosas de como trabalhar com os nossos alunos.
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