O-lá!
A construção da leitura e da escrita é um processo gradual e profundo, que vai além da simples memorização de letras e palavras. Quando uma criança começa a aprender a ler e escrever, ela está desenvolvendo uma série de habilidades cognitivas que lhe permitirão não apenas reconhecer e reproduzir símbolos, mas também compreendê-los e utilizá-los de forma criativa e autônoma.
Um dos aspectos mais importantes desse processo é a compreensão verdadeira do que se está aprendendo. Quando uma criança compreende o conceito por trás de uma palavra ou de uma regra gramatical, ela está construindo uma base sólida que lhe permitirá resgatar esse conhecimento, mesmo que, em algum momento, ela esqueça o conteúdo específico. Como destacado por Ferreiro e Teberosky (1999, p. 34):
O importante não é o esquecimento, e sim a incapacidade para restituir o conteúdo esquecido.
Isso significa que, ao entender profundamente um conceito, a criança pode recuperar esse conhecimento por si mesma, ao invés de depender exclusivamente da memória imediata.
Esse princípio é fundamental para a prática pedagógica, pois mostra que o objetivo não deve ser a simples memorização de informações, mas sim a internalização dos conceitos, de modo que eles possam ser recuperados e aplicados em diferentes contextos. A ênfase deve estar no desenvolvimento de uma compreensão que permita à criança navegar pelos desafios do aprendizado com confiança e autonomia.
A alfabetização envolve o aprendizado técnico da leitura e da escrita (codificação e decodificação), mas também o desenvolvimento da capacidade de pensar criticamente, resolver problemas e expressar ideias de maneira clara e coesa. Esses são os pilares que sustentam a educação como um todo e garantem que o aprendizado seja duradouro e significativo.
Ao proporcionar às crianças experiências de aprendizagem ricas e significativas, que vão além da memorização, estamos não apenas ensinando-as a ler e escrever, mas também a pensar, compreender e criar. Dessa forma, a leitura e a escrita se tornam ferramentas poderosas para a construção de conhecimento e para o desenvolvimento pessoal ao longo de toda a vida.
Hoje eu trouxe como sugestão o jogo Trinca de Sílabas. E antes que você me pergunte… rsrs, sim, me inspirei no jogo de Trinca, aquele clássico de baralho! Joguei muito com minha mãe… boas lembranças! Mas, claro, adaptei ele para ser um jogo que contribua para a construção da leitura e da escrita, alinhado com tudo o que falei nos parágrafos anteriores.
Vamos ver como jogar?
Sugestão de Uso:
- Cada jogador recebe três cartas. As cartas restantes devem ser colocadas em uma pilha com as imagens viradas para baixo;
- O primeiro jogador começa comprando uma carta da pilha;
- Se a carta for útil, ou seja, se puder ser combinada com alguma (ou algumas) das suas cartas, o jogador fica com
ela e descarta na mesa uma de suas cartas que não precisa; - O próximo jogador pode escolher entre pegar a carta descartada na mesa ou “comprar” uma nova carta da
pilha; - Caso o jogador “compre” uma carta com imagens de estrelas, ela funciona como uma espécie de coringa. O
jogador pode utilizá-la para escrever a sílaba que falta e, assim, completar o nome de um animal; - O jogo continua até que um jogador consiga formar o nome de um animal. Esse jogador será o vencedor.
Gostou do que viu por aqui? Que tal me contar?
Referência Bibliográfica:
FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999
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- 42 cartas com imagens;
- 06 cartas coringa;
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Arquivo Trinca de SílabasR$9.90
Talvez você queira saber:
Qual é o número ideal de participantes para jogar “Trinca de Sílabas”?
O “Trinca de Sílabas” foi pensado para ser jogado por dois ou quatro participantes, proporcionando uma experiência focada e competitiva.
Quais são as possíveis variações ou adaptações do jogo “Trinca de Sílabas” que podem ser feitas para trabalhar com crianças com necessidades educacionais especiais?
Uma sugestão é começar explorando as cartas de forma mais acessível. Por exemplo, misture as cartas e coloque-as sobre uma mesa. Em seguida, peça que as crianças, trabalhando em duplas, agrupem as cartas para formar os nomes dos animais. Esse processo de manipulação e exploração inicial das cartas permite que as crianças se familiarizem com as sílabas e as figuras de maneira mais lúdica e colaborativa, facilitando a compreensão e o aprendizado antes de entrarem na dinâmica completa do jogo.
Quais são os desafios que os educadores podem enfrentar ao introduzir o jogo em sala de aula e como superá-los para garantir a participação ativa de todas as crianças?
Ao introduzir o Trinca de Sílabas – na verdade, qualquer jogo – na sala de aula, os educadores podem enfrentar alguns desafios, como diferenças nas habilidades dos alunos, distrações durante o jogo ou dificuldades em seguir as regras. Para superar esses obstáculos, é essencial fornecer instruções claras e fazer demonstrações práticas antes de começar, garantindo que todos entendam o funcionamento do jogo. Formar grupos equilibrados em termos de habilidades também pode ser uma estratégia eficaz para promover a participação ativa de todos os alunos.
Outro ponto importante é incentivar a colaboração e a ajuda mútua entre os estudantes, criando um ambiente de aprendizado mais inclusivo e cooperativo. Monitorar o envolvimento de cada aluno durante o jogo é importante para garantir que todos estejam engajados e se beneficiem da atividade.
É comum que algumas crianças, especialmente aquelas que não têm muita experiência com jogos, sintam frustração no início, o que pode resultar em reações emocionais, como choro ou desavenças. No entanto, à medida que vão se familiarizando com a dinâmica, elas começam a lidar melhor com essas situações e a participar de forma mais positiva. Esse processo é valioso, pois, além de aprenderem as regras e estratégias do jogo, as crianças também desenvolvem importantes habilidades sociais e emocionais, como paciência, resiliência e cooperação.
O jogo “Trinca de Sílabas” pode ser utilizado para reforçar o conhecimento prévio das crianças, conectando o conteúdo de alfabetização com outros temas?
Sim. O jogo pode ser uma ferramenta eficaz para conectar a alfabetização com outros conhecimentos. Por exemplo, ao formar nomes de animais, as crianças podem ser incentivadas a compartilhar o que sabem sobre esses animais, como seus habitats, dietas e características. Essa abordagem interdisciplinar reforça o conhecimento prévio e expande o aprendizado, tornando o jogo uma experiência educativa rica e abrangente.
2 Comentários
Que site incrível. Materiais e jogos criativos, educativos e inclusivos que podem ser adaptados no AEE.
Obrigada
Gostaria de saber se posso enviar o arquivo para o paciente e quais palavras são utilizadas
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