O-lá!
Muitas vezes, quando vemos uma criança fazendo seus primeiros rabiscos, podemos pensar que ela está apenas desenhando formas aleatórias. No entanto, o que parece desorganizado aos nossos olhos pode ser, para a criança, uma tentativa de escrita. Ao segurar o lápis e traçar linhas desordenadas, ela pode acreditar estar escrevendo, transformando aquilo que vê e ouve em símbolos. Esses primeiros rabiscos não são apenas um processo mecânico, mas uma poderosa forma de expressão que conecta a criança ao universo da linguagem.
Segundo Magda Soares (2022, p. 61, grifo do autor):
[…] as crianças, desde muito pequenas, desenham supondo que estão, assim, ‘escrevendo’. […]
Este momento, aparentemente simples, revela a fase inicial da alfabetização, na qual o foco não deve estar apenas em formar letras corretas, mas sim em permitir que a criança explore o significado por trás de cada rabisco, de cada tentativa. Durante esse processo, elas se apropriam da ideia de que a escrita é uma forma de expressar o que sentem e pensam. Isso mostra que, muito antes de dominarem as convenções da escrita, as crianças já estão imersas no universo da linguagem.
Assim, o papel do educador é mediar esse processo de forma sensível, criando oportunidades para que a criança experimente e descubra o ato de escrever, sem a pressão imediata de resultados perfeitos. A alfabetização, afinal, é muito mais sobre abrir portas para o pensamento e a expressão do que apenas ensinar letras.
Hoje eu trouxe o jogo Bate-bate que pode ser uma excelente ferramenta para os professores, psicopedagogos, enfim todos aqueles que tem como objetivo estimular a alfabetização de uma criança, jovem ou adulto. Vamos ver como utilizar?
Sugestão de Uso:
- Coloque as cartas com figuras e as cartas de desafio no centro da mesa, com as imagens e textos virados para baixo;
- Se puder, disponibilize uma sineta;
- Cada jogador deve receber 5 dados com letras;
- Um dos jogadores vira uma carta;
- Se for uma carta com figura, os dois jogadores devem, ao mesmo tempo, girar os dados para formar o nome da figura. Se for uma carta de desafio, os jogadores devem formar uma palavra que corresponda ao que foi solicitado;
- Aquele que conseguir primeiro bate a sineta;
- Se acertou, fica com a carta;
- Ganha o jogo quem conquistar mais cartas;
- Você ainda pode propor que eles escrevam frases utilizando as palavras formadas.
É isso! Gostou do que viu por aqui? Vou amar saber 😀
Um abraço e até mais!
Referência Bibliográfica:
SOARES, Magda. Alfaletrar: toda criança pode aprender a ler a a escrever. São Paulo: Contexto, 2022.
Clique no link abaixo para adquirir o arquivo PDF contendo:
- 10 dados;
- 24 cartas com imagens;
- 12 cartas com desafios;
- 01 embalagem;
- Instruções de uso.
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Arquivo Bate-Bate!R$14.50
Talvez você queira saber:
1) É possível utilizar o jogo com crianças que estejam apresentando escrita pré-silábica?
Sim, é possível. O jogo pode ser adaptado para crianças que estão no início do processo de alfabetização. Para essas crianças, sugiro disponibilizar um banco de palavras, ou seja, uma lista com opções de palavras correspondentes às figuras do jogo. Assim, a tarefa inicial delas será identificar qual das palavras se refere à imagem, utilizando a letra inicial como uma pista. Depois escrevem a palavra usando os dados. Essa abordagem facilita o aprendizado e permite que, com mediação mais próxima, elas associem som, letra e palavra de forma gradual, sem se sentirem sobrecarregadas.
2) Quais habilidades, além da alfabetização, o jogo ajuda a desenvolver?
Além de estimular a alfabetização, o jogo também promove o desenvolvimento de várias outras habilidades importantes. Ele trabalha o pensamento lógico, já que traz cartas com desafios. A coordenação motora fina também é desenvolvida à medida que os jogadores manipulam os dados para formar palavras. O jogo incentiva a atenção e concentração, uma vez que as crianças precisam observar as cartas e os dados com rapidez e precisão. Além disso, o formato competitivo e colaborativo do jogo ajuda a desenvolver a resolução de problemas e o trabalho em equipe, se jogado em grupos.
3) O jogo pode ser utilizado em sala de aula com grandes grupos de crianças?
Sim, o jogo pode ser utilizado em sala de aula com grupos maiores, mas pode ser necessário fazer algumas adaptações. Uma opção é dividir a turma em pequenos grupos ou duplas para que o jogo flua melhor e todas as crianças possam participar ativamente. Outra possibilidade é utilizar o jogo como uma atividade em estações, onde cada grupo de crianças participa em momentos diferentes, enquanto outras fazem atividades complementares. Assim, todos têm a chance de jogar sem que o grupo fique muito grande, o que pode dificultar a organização e a sua mediação.
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