O QUE É? É a aptidão para refletir e mobilizar conscientemente os sons da fala.
Seu desenvolvimento é de suma importância para sujeitos em processo de alfabetização. Seja ele criança, adolescente ou adulto. Inclusive, segundo pesquisas realizadas – dentre elas, as de Alessandra G. S. Capovilla e Fernando C. Capovilla (2000), “Efeitos do treino de consciência fonológica em crianças com baixo nível sócio-econômico” -, ficou evidenciado que os indivíduos que passam por um treino para desenvolver a consciência fonológica têm seu desempenho aumentado no processo de alfabetização em relação aos indivíduos que não tenham passado por esse treino.
Há diferentes níveis de consciência fonológica, dentre eles estão: consciência de rima, consciência de aliteração, consciência de sílabas, consciência fonêmica. Estudos evidenciam que alguns destes níveis podem ser adquiridos espontaneamente, enquanto que outros têm necessidade de ensino formal. É o caso da consciência fonêmica que, inclusive, é um dos últimos níveis alcançados. O aprendiz quando chega neste nível, possivelmente, estará apresentando hipótese de escrita alfabética.
Um outro estímulo importante para que o aprendente consiga compreender o princípio alfabético, ou seja, que as letras que constituem nossa língua escrita representam os sons individuais da nossa língua falada, é o conhecimento da relação fonema x grafema.
A consciência fonológica e o conhecimento das correspondências entre grafemas e fonemas estão para a alfabetização assim como as vitaminas e sais minerais estão para a saúde. (CAPOVILLA e CAPOVILLA, 2007, p. xvi)
Todo espaço alfabetizador precisa ter constantemente estímulos que favoreçam a compreensão por parte do aprendente que a escrita tem relação direta com a nossa fala.
Soares (2016, p. 124) afirma:
Para aprender a ler e escrever é necessário que o aprendiz volte sua atenção para os sons da fala, e tome consciência das relações entre eles e a sua representação gráfica […]
Portanto, é preciso que o professor alfabetizador busque um conhecimento aprofundado sobre este tema através de literaturas específicas para poder facilitar a caminhada em busca da leitura e da escrita. Com certeza os jogos e brincadeiras com este intuito têm muito a contribuir.
Finalizo este texto na expectativa de que as informações aqui compartilhadas tenham de alguma forma contribuído.
Um forte abraço
REFERÊNCIAS:
CAPOVILLA, Alessandra Gotuzo Seabra; CAPOVILLA, Fernando César. Problemas de leitura e escrita: como identificar, prevenir e remediar numa abordagem fônica. 5. ed. São Paulo: Memnon, 2007.
CAPOVILLA, Alessandra Gotuzo Seabra; CAPOVILLA, Fernando César. Efeitos do treino de consciência fonológica em crianças com baixo nível sócio-econômico. Scielo Brasil, Porto Alegre, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0102-79722000000100003&script=sci_arttext>. Acesso em 08 fevereiro 2011.
SOARES, Magda. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo: Contexto, 2016.
Aqui no site eu compartilho vários jogos que podem contribuir no desenvolvimento da consciência fonológica. Um exemplo é o jogo Revele a palavra (som inicial). Clique no link abaixo para mais detalhes.
10 Comentários
Minha filha tem 2 anos e 3 meses e não fala começou agora a fala papai. Pode me ajudar pra estimular ela a fala ou é o tempo dela?
Gostaria de receber atividades para memória auditiva e visomotora .obrigada!
Maravilhoso seu trabalho. Gostaria de receber atividades para criança dislexo
Ola qual o n. da conta para deposito e aquisiçao das apostila de valores 31.00 e 8.00? Como proceder. Sou psicopedagoga e adorei as sugestoes. Obgda.
Olá, Fanny! Vou entrar em contato via e-mail.:)
Boa noite Solange ! Trabalho com crianças com dificuldade de aprendizagem (leitura e escrita) na faixa etária de 6 a 11 anos, gostaria que enviasse atividades e algumas sondagens dentro desses aspectos !!Agradeço sua atenção !!!
Olá, Silvia! O site é atualizado toda quarta-feira. Acompanhe que irei postar mais atividades para alfabetização.bjs
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