Foco-Foco!

Foco-Foco!

O-lá!

Hoje eu trouxe o jogo “Foco-Foco!” e quero falar um pouquinho sobre algumas das habilidades estimuladas com ele e a sua importância para a aprendizagem das crianças. Topa?

Duas das habilidades estimuladas são a atenção e o foco, que estão diretamente ligadas  à capacidade da criança de manter-se engajada em uma atividade. É por meio dessas habilidades que ela consegue filtrar estímulos distratores e concentrar-se no que realmente importa. A concentração, por sua vez, está intimamente conectada à memória de trabalho, que armazena e manipula informações temporárias durante o aprendizado, permitindo que a criança compreenda e resolva problemas de forma eficaz.

Já a coordenação motora fina envolve o controle preciso dos músculos das mãos e dos dedos, habilidades essenciais para ações cotidianas como escrever, desenhar, recortar ou manipular objetos pequenos. Quanto mais cedo essa habilidade é desenvolvida, melhor a criança se sairá em tarefas acadêmicas que exigem precisão, como a escrita, e também em tarefas que promovem sua independência, como vestir-se ou usar utensílios.

A coordenação bimanual, que se refere ao uso sincronizado das duas mãos, é igualmente importante. Tarefas que exigem a atuação conjunta das mãos promovem uma maior integração entre os hemisférios cerebrais, fortalecendo conexões que serão úteis em uma variedade de contextos, desde esportes até a resolução de problemas matemáticos. Além disso, essas atividades desafiam a criança a executar movimentos complexos, promovendo o desenvolvimento da sua capacidade de planejamento motor.

Essas habilidades são especialmente relevantes no contexto educacional, pois influenciam diretamente o sucesso em diversas áreas do aprendizado. Crianças que desenvolvem bem essas competências têm mais facilidade em manter-se focadas em suas tarefas, concluir atividades que exigem controle motor e realizar transições eficientes entre diferentes tarefas e estímulos. E, conforme destaca Piaget apus Rotta (2007, p. 208):

O afeto é o motor que impulsiona a atividade práxica.

Isso significa que, quando as crianças estão emocionalmente envolvidas, motivadas e se sentem seguras, seu desenvolvimento é otimizado. O afeto proporciona um contexto de apoio onde as habilidades motoras e cognitivas podem florescer de forma mais natural e profunda. Aprender se torna uma experiência rica e satisfatória, e não apenas uma obrigação.

Atividades lúdicas que integram essas habilidades de forma divertida, como o jogo “Foco-Foco”, criam oportunidades para que a criança exercite e fortaleça suas competências motoras e cognitivas, enquanto mantém o prazer pela brincadeira e pelo desafio.

Vamos ver como utilizá-lo?

Sugestão de Uso:
  1. A primeira prancha é utilizada para treinamento. A criança, com sua mão dominante, coloca um dedo sobre a figura de um círculo e dois dedos sobre dois círculos, de acordo com a quantidade indicada. Em seguida, ela repete o procedimento com a mão não dominante.
  2. Na segunda prancha, a tarefa é feita simultaneamente: a mão direita atua na coluna da direita e a mão esquerda na coluna da esquerda, repetindo o procedimento de acordo com a quantidade de círculos. O mesmo deve ser feito nas pranchas 3 a 11.
  3. As pranchas 12 e 13 devem ser usadas ao mesmo tempo que a prancha 14. Na prancha 14, a criança precisa contornar o círculo enquanto realiza as ações das outras pranchas.

Talvez o vídeo seja mais útil para compreender como utilizar o jogo “Foco-Foco”! Confira abaixo.

E aí, gostou do jogo? E se eu te disser que essa belezinha está gratuita? É um mimo pelo Dia do Psicopedagogo – 12 de novembro. Espero que contribua muitooo! Não esquece de me contar, viu?

Um abraço e até mais!

Referência Bibliográfica:

ROTTA, Newra Tellechea. Dispraxia. In ROTTA, Newra Tellechea; OHLWEILER, Lygia; RIESGO, Rudimar dos Santos. Transtornos da aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2007.

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  • Instruções de uso.

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Talvez você queira saber:

1) O jogo pode ser utilizado com crianças com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)?

Sim, o jogo “Foco-Foco” pode ser uma ferramenta útil para crianças com TDAH. Uma das características principais desse transtorno é a dificuldade em manter a atenção em uma única tarefa, e o jogo trabalha justamente essa habilidade de forma lúdica. Como o jogo exige que a criança direcione sua atenção para tarefas específicas, como contornar círculos ou tocar com os dedos em determinados pontos, ele ajuda a desenvolver a capacidade de foco por períodos curtos, mas intensos. Além disso, o aspecto motor do jogo, que envolve ações físicas rápidas, pode ser benéfico para crianças com TDAH, pois ajuda a canalizar a energia de maneira produtiva.

2) De que forma o jogo pode ser ajustado para crianças em diferentes níveis de desenvolvimento motor ou cognitivo?

Para crianças que estão em um nível mais inicial de desenvolvimento motor, é recomendado usar as primeiras pranchas repetidamente, para que a criança se familiarize com os movimentos e desenvolva suas habilidades motoras de forma gradual. Isso permite que ela tenha mais tempo para praticar e dominar as ações sem se sentir pressionada. Além disso, a velocidade e a precisão podem ser ajustadas, reduzindo a complexidade das tarefas, garantindo que o processo seja progressivo.

Já para crianças com um desenvolvimento motor mais avançado, o desafio pode ser intensificado. Uma maneira de fazer isso é adicionar um tempo limite para a execução das tarefas. Por exemplo, você pode transformar a atividade em um desafio de tempo, dizendo algo como: “Você conseguiu completar esta página em 10 segundos, que tal tentar fazer em 8 segundos agora?” Isso não só mantém a criança engajada, mas também estimula o desenvolvimento de agilidade e precisão.

3) Como o jogo pode ser utilizado em contextos de intervenção psicopedagógica para melhorar o desempenho escolar?

O jogo pode ser introduzido em sessões de intervenção como uma atividade inicial para ativar o cérebro da criança e prepará-la para outras tarefas mais cognitivas. Além disso, as habilidades praticadas no jogo podem ser transferidas para o ambiente escolar, onde a criança poderá demonstrar maior atenção, controle motor e planejamento em atividades acadêmicas.

5 Comentários

  • Alexandra Publicado 13 13-03:00 novembro 13-03:00 2024 7:45 AM

    Os materiais são maravilhosos. Muito grata.

  • Lusimar Publicado 12 12-03:00 novembro 12-03:00 2024 7:23 PM

    Obrigada por compartilhar. Seu material é maravilhoso!

    • Solange Moll Publicado 12 12-03:00 novembro 12-03:00 2024 9:29 PM

      Olá, Lusimar!
      Fico muito feliz em compartilhar. Que bom que você está gostando! ❤️

  • auricea Publicado 12 12-03:00 novembro 12-03:00 2024 11:42 AM

    Bom dia! Gostaria de saber sobre o jogo “foco”, as pranchas de 8 à 11,as opções da cor das bolinhas mudam, isso é alguma variação?

    • Solange Moll Publicado 12 12-03:00 novembro 12-03:00 2024 3:31 PM

      O-lá, Auricea!
      Nas primeiras pranchas, as cores ajudam na associação: verde indica dois dedos, laranja indica um dedo. Depois, ampliamos o desafio, transformando as cores em distratores visuais. Ou seja, a criança não poderá mais usar as cores como referência para saber quantos dedos deve colocar, pois elas estarão misturadas. Deverá se basear apenas na quantidade de círculos em cada linha. Isso intensifica o desafio, estimulando ainda mais a atenção seletiva e, também, flexibilidade cognitiva
      Espero que essa variação traga uma experiência interessante para vocês!
      Se ainda ficou com dúvida, veja o vídeo. Acho que fica melhor para compreender.

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