Letra por Letra

Letra por Letra

O-lá!

Aprender o sistema de escrita — compreender como as letras representam os sons da fala, como se organizam nas palavras e como essas palavras ganham sentido — é uma conquista central no processo de alfabetização. Mais do que uma habilidade isolada, trata-se de uma aprendizagem que sustenta e impulsiona outras tantas. Como nos lembra Tolchinsky (2003: xxiii), citada por Soares (2016, p. 36):

[…] aprender o sistema de escrita é apenas um fio na teia de conhecimentos pragmáticos e gramaticais que as crianças precisam dominar a fim de tornarem-se competentes no uso da escrita, mas é uma aprendizagem imperativa, e promove as outras.

Ou seja: dominar o sistema alfabético-ortográfico não esgota o processo de alfabetização, mas é um passo imprescindível, que sustenta e impulsiona o desenvolvimento das demais competências que envolvem o uso pleno e competente da linguagem escrita — como a compreensão textual, a produção de textos, o uso adequado da linguagem em diferentes contextos comunicativos e a reflexão sobre o funcionamento da própria língua.

Pensando nisso, o jogo Letra por Letra foi desenvolvido justamente para estimular essa interação entre o conhecimento do sistema de escrita e o desenvolvimento da autonomia na escrita de palavras.

Um detalhe: O fato de haver a quantidade de quadros correspondente ao número de letras necessárias para escrever o nome da figura em destaque já serve de pista para a criança. Isso é especialmente relevante para aquelas que estejam apresentando hipótese de escrita silábica, pois, ao escrever, poderão perceber de imediato que faltaram letras. Essa constatação desestabiliza sua hipótese de escrita, instigando a criança a afinar e apurar sua escuta aos sons da palavra. Dessa forma, o jogo também estimula a consciência fonêmica. Vamos ver como utilizar o jogo?

Sugestão de Uso:

1. Deixe a criança escrever o nome da figura utilizando as fichas de letras.

2. Em seguida, ela pode levantar a aba que está com “?” para verificar se escreveu corretamente. Assim, além de exercitar a formação de palavras, a criança tem a oportunidade de comparar sua hipótese de escrita com a grafia convencional, refletindo e ajustando seu conhecimento.

Gostou?

Letra por Letra propõe uma atividade de escrita ativa, reflexiva e autônoma, respeitando o processo de construção da linguagem escrita de cada criança. Eu amo jogos assim! E você?

Um abraço e até o próximo post.

Referência Bibliográfica:

SOARES, Magda. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo: Contexto, 2016.

 

VALOR PROMOCIONAL DE LANÇAMENTO SOMENTE HOJE, 02/07/2025

Arquivo digital formato PDF contendo:

  • 36 fichas com imagens;
  • Fichas com alfabeto;
  • 01 embalagem;
  • Instruções de uso.

Para você imprimir, montar e jogar.

Talvez você queira saber:

1) O Letra por Letra pode ser utilizado em atendimentos psicopedagógicos individualizados?

Sim. O jogo é um excelente recurso para o trabalho psicopedagógico individual, pois permite observar de forma lúdica e concreta o modo como a criança está organizando o conhecimento da escrita e mediar o processo de construção da escrita de forma mais assertiva.

2) Ele também pode ser usado como um instrumento de avaliação diagnóstica do nível de escrita da criança?

O Letra por Letra pode fornecer indícios valiosos sobre as hipóteses de escrita da criança, já que permite observar como ela organiza os sons e as letras ao tentar escrever. No entanto, como o próprio jogo oferece pistas visuais (a quantidade de quadros indica o número de letras da palavra), essas pistas acabam, de certa forma, mediando a produção da criança e podem influenciar suas escolhas. Por isso, o jogo pode auxiliar na observação e no acompanhamento do desenvolvimento, mas não substitui avaliações diagnósticas mais formais, nas quais a criança escreve livremente, sem apoios visuais.

3) Qual o papel do adulto durante a atividade? Deve orientar ou deixar a criança explorar sozinha?

O papel do adulto é de mediador. Inicialmente, pode ser necessário apresentar a dinâmica, esclarecer o funcionamento do jogo e modelar o raciocínio. Conforme a criança se familiariza com a proposta, o ideal é que ela tenha espaço para experimentar e testar suas hipóteses. Quando necessário, o adulto pode intervir com perguntas ou estratégias que favoreçam a reflexão, sem oferecer respostas prontas.

Por exemplo: se a criança escreve AIA para representar SAIA, o adulto pode alongar os sons:
“Vamos falar devagar: SSSSS-AAAAA-IIIII-AAA… Qual som você ouviu primeiro?”
Essa mediação apoia a percepção auditiva dos sons da palavra e ajuda a criança a segmentar com mais precisão, favorecendo o avanço nas hipóteses de escrita e o desenvolvimento da consciência fonêmica.

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