Segurança pública: pior cego é quem mesmo?

Segurança pública: pior cego é quem mesmo?

Artigo publicado no JORNAL DE SANTA CATARINA.

http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,182,3776691,19709

SOLANGE MOLL PASSOS|PSICOPEDAGOGA

Possivelmente, neste exato momento em que você lê este texto, lágrimas que denunciam o desespero cobrem a face de alguém. Afinal, a todo instante ouvimos notícias sobre roubos, assaltos, sequestros, mortes… Toda essa tristeza parece sempre estar bem longe de nós. Parece! Isso até ela bater na nossa porta. Até sermos nós a notícia que tanto choca a população.

Então, onde mora a segurança? Para onde devemos ir?

Ora, não precisamos ir lá, nem acolá. Estaremos muito melhor protegidos se sairmos do cômodo lugar de expectadores desse circo em que tem se transformado a segurança pública e também se refletirmos sobre os caminhos que podem nos levar a condições melhores de vida.

Será que somos mesmo tão impotentes para enfrentar o problema? A segurança pública passa antes pela educação com qualidade, por trabalho, diversão… E o que temos feito em nossa comunidade para que as pessoas efetivamente tenham acesso a esses itens?

A bem da verdade, cada vez mais deixamos de nos preocupar com o outro. Fechamo-nos em nossas casas, cada um cuidando de si e dos seus. Tudo bem que não precisamos nos plantar à janela para bisbilhotar a vida alheia, porém, o outro lado dessa moeda, ou seja, ao nos despreocuparmos com a vida alheia, também não é nada salutar para a sociedade.

Citando Gonzaguinha: “nós podemos tudo, nós podemos mais”. Precisamos cobrar insistentemente dos governantes, eleitos e pagos por nós, ações que realmente venham a nos deixar mais tranquilos e seguros, e também, a pôr em prática ações para fazermos a diferença em nossa comunidade.

Por fim, o pior cego aqui é aquele que prefere não ver para nada precisar fazer.

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