O-lá!
A alfabetização é um processo complexo que envolve diversas habilidades cognitivas. E entender como lemos e interpretamos palavras é fundamental para apoiar o desenvolvimento das crianças nesse percurso. Conforme explica Stanislas Dehaene (2018), o processo de leitura começa nos olhos, mas é o cérebro que faz o verdadeiro trabalho:
Desmembrada em milhares de fragmentos pelos neurônios da retina, a cadeia de letras deve ser reconstituída antes de ser reconhecida (Dehaene, 2018, p. 25).
Em outras palavras: nossos olhos captam as letras, e o cérebro as transforma em algo compreensível.
Quando olhamos para um texto, nossos olhos se movem em pequenos saltos, chamados “sacadas”, para captar uma palavra ou um trecho de cada vez. Esse movimento permite que a retina capture as letras, mas é o cérebro que as decifra e organiza em palavras e frases com significado.
Para tornar esse aprendizado mais leve e interessante, especialmente nas primeiras etapas de alfabetização, os jogos educativos desempenham um papel fundamental. Jogos que trabalham o reconhecimento de sílabas, como o “Pesca Sílabas”, são ótimos para ajudar as crianças a se familiarizarem com as sílabas de forma divertida e ainda estimulam a coordenação motora fina. Em minha prática, sempre presenciei avanços significativos a partir do momento em que a criança começava a reconhecer as sílabas.
Paralelamente, já vi muitos professores com receio de apresentar as sílabas para as crianças. A verdade é que sou contra aquelas práticas enfadonhas de decoreba de “ba, be, bi, bo, bu” ou ainda “B com A dá BA”. Mas sou absolutamente a favor de proporcionar às crianças momentos de alegria com jogos educativos, nos quais as sílabas são apresentadas de maneira lúdica. Dessa forma, elas se envolvem ativamente no processo de aprender a ler, tornando o aprendizado mais motivador e menos exaustivo.
Vamos ver como utilizar o jogo “Pesca Sílabas”?
Sugestão de Uso:
- Cada jogador, em sua vez, sorteia uma carta com uma figura.
- A quantidade de peixinhos embaixo da figura indica o número de sílabas da palavra. Por exemplo, se a carta for “Gato”, aparecem dois peixinhos, pois a palavra “Ga-to” é composta por duas sílabas. O jogador poderá pescar dois peixinhos.
- O jogador “pesca” o número de peixes indicado e tenta formar o nome da figura com as sílabas pescadas.
- Se acertar: O jogador fica com os peixinhos como prêmio.
- Se errar: Os peixinhos devem ser devolvidos, e o próximo jogador tenta pescar novos peixinhos que possam formar o nome da figura.
- Ganha quem tiver o maior número de peixinhos.
É isso! Gostou do jogo e das informações que viu por aqui? Que tal me contar? 😉
Um abraço e até mais!
Referência Bibliográfica:
DEHAENE, Stanislas. Os neurônios da leitura: como a ciência explica a nossa capacidade de ler. Tradução de Leonor Scliar-Cabral. Porto Alegre: Penso, 2012.
Clique no link abaixo para adquirir o arquivo PDF contendo:
- 24 cartas com imagens;
- 40 peixinhos com sílabas;
- 01 embalagem;
- Instruções de uso.
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Arquivo Pesca SílabasR$14.99
Talvez você queira saber:
1) Qual é a faixa etária mais adequada para o uso do Pesca Sílabas na alfabetização?
Sugiro que o jogo seja utilizado a partir dos 5 anos de idade, embora essa seja apenas uma orientação inicial. A adequação depende muito dos conhecimentos prévios e do interesse da criança. O educador deve avaliar se o jogo se alinha ao nível de desenvolvimento e às necessidades do aprendente, ajustando a atividade conforme necessário.
2) Há sugestões de atividades complementares que possam ser feitas após o jogo para reforçar o aprendizado das sílabas?
Sim, recomendo atividades que envolvam escrita e manipulação de materiais para consolidar o aprendizado. Por exemplo, a criança pode formar as palavras com massinha de modelar e, em seguida, registrar as palavras com lápis no caderno. A prática da escrita manual é fundamental para a internalização do aprendizado, como diversos estudos apontam.
3) Se a criança tiver dificuldades com coordenação motora fina e for inviável a pescaria com a varinha, é possível adaptar o jogo para atender essa necessidade?
Sim, é possível adaptar o jogo para atender a essa necessidade. No entanto, em vez de retirar completamente a varinha, uma alternativa é apoiar a criança no uso dela. Você pode ajudá-la segurando a mão enquanto ela manuseia a varinha, conduzindo-a na pescaria. Com o tempo, é possível observar se a criança desenvolve confiança para pescar de forma independente. Caso ainda seja difícil, a pescaria pode ser feita diretamente com as mãos.
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