O-lá!
Cada vez mais os jogos têm ganhado espaço nas salas de aula. E com razão! Eles despertam o interesse, envolvem as crianças e promovem o prazer de aprender. Mas, para que cumpram seu papel pedagógico, é essencial que o professor ou professora planeje cuidadosamente como serão utilizados.
Não basta entregar o jogo e esperar que a mágica aconteça. É preciso pensar nos objetivos, prever possíveis dificuldades e estar presente durante a atividade, fazendo intervenções que estimulem a reflexão e favoreçam a aprendizagem. Ao final do jogo, um momento de sistematização é fundamental: o que foi aprendido? Como esse conhecimento pode ser usado em outras situações?
Como bem afirmam Morais e Almeida (2022, p. 38):
É preciso que esses jogos tenham sido planejados previamente pela/o docente e que as jogadas sejam mediadas de modo a promover o máximo de reflexão e descobertas possíveis.
Ensinar com jogos é potente quando há intencionalidade pedagógica, presença ativa e registro do que foi aprendido.
Para ilustrar essa proposta de trabalho intencional com jogos, compartilho hoje o “Verbo Faltante”, um recurso simples, mas com muito potencial para estimular a leitura e a construção de sentido. Vamos conhecer?
Sugestão de uso:
- Coloque as cartas em uma pilha, viradas para baixo.
- Um jogador vira a carta do topo e, em seguida, lança o dado.
- Se o verbo sorteado puder completar a frase de forma coerente, o jogador lê a frase completa (flexionando o verbo, se necessário). Se acertar, fica com a carta. Caso contrário, o próximo jogador lança o dado.
- Vence quem conquistar mais cartas ao final da rodada.
Gostou da ideia? Então experimente e conte como foi?! Vou amar saber 😊
Referência Bibliográfica:
MORAIS, Artur Gomes; ALMEIDA, Tarciana Pereira da Silva. Jogos para ensinar ortografia: ludicidade e reflexão. Belo Horizonte: Autêntica, 2022.
Clique no link abaixo para adquirir o arquivo PDF contendo:
- 30 cartas;
- 01 dado;
- 01 embalagem;
- Instruções de uso.
Para você imprimir, montar e usar 🙂
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Arquivo Verbo FaltanteR$12.90
Talvez você queira saber:
1. Como aproveitar melhor o jogo em turmas com diferentes níveis de leitura?
Uma possibilidade é formar duplas ou pequenos grupos mistos, de modo que as crianças mais experientes possam ajudar as demais. Outra estratégia é o professor fazer a leitura das frases em voz alta para os que ainda não leem com autonomia, permitindo que participem da atividade de forma ativa, focando na compreensão e na construção do sentido da frase.
2. É possível utilizar o jogo em atendimentos individuais de reforço escolar ou intervenção psicopedagógica?
Sim, o jogo pode ser um ótimo recurso em contextos individuais. Ele permite observar como a criança lida com a leitura, com a compreensão de frases e com a construção de sentido. Além disso, a proposta lúdica favorece o vínculo e a motivação, aspectos essenciais no trabalho psicopedagógico. O profissional pode mediar de forma mais direcionada, ajustando o ritmo e explorando oralmente outras possibilidades para completar as frases.
3. Qual a melhor forma de fazer a sistematização após a atividade?
Ao final do jogo, é importante promover um momento de conversa com as crianças, retomando o que foi feito. Pode-se perguntar: “Quais frases vocês acharam mais engraçadas ou difíceis? ”, “O que aprendemos hoje com as palavras que usamos? ”. Esse momento pode ser acompanhado de registros escritos, por exemplo, escrever as frases completas que mais gostaram ou criar novas frases com os verbos usados no jogo. A sistematização ajuda a consolidar os aprendizados e dá sentido ao que foi vivenciado.
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