O-lá!
Quando falamos em aprendizagem, falamos também em ativação e reorganização do cérebro. Isso porque toda nova experiência de aprendizagem envolve a ativação de circuitos neurais — o cérebro entra em ação, conectando diferentes áreas responsáveis por atenção, memória, linguagem, raciocínio, entre outras.
Mas não para por aí: além de ativar, a aprendizagem também modifica o cérebro. Com o tempo e com a repetição de experiências significativas, o cérebro se reorganiza, formando novas conexões, fortalecendo aquelas que são usadas com frequência e eliminando as que não são mais necessárias. Essa capacidade de adaptação é conhecida como neuroplasticidade — e é ela que torna possível o desenvolvimento contínuo das funções cognitivas ao longo da vida, especialmente na infância.
As funções cognitivas são os processos mentais que nos permitem perceber, prestar atenção, memorizar, raciocinar, resolver problemas, controlar impulsos, adaptar-nos a situações novas, utilizar a linguagem, entre muitas outras ações que envolvem o pensar, o agir e o aprender.
Existem diversas funções cognitivas — algumas mais amplas, como percepção e linguagem, e outras mais específicas, como controle inibitório, flexibilidade cognitiva, planejamento ou velocidade de processamento. No jogo Desafiômetro, escolhemos estimular algumas das mais essenciais para o desenvolvimento na infância: atenção, memória, pensamento lógico, flexibilidade cognitiva, controle inibitório e linguagem.
Essas funções atuam como engrenagens mentais que, quando bem estimuladas, favorecem o desenvolvimento global da criança. Por exemplo:
- A atenção é o que permite selecionar o que deve ser processado.
- A memória armazena e recupera informações.
- O pensamento lógico organiza ideias e busca soluções.
- A flexibilidade cognitiva ajuda a adaptar-se a novas regras ou caminhos.
- O controle inibitório permite esperar a vez e resistir a impulsos.
- A linguagem é a ponte entre o pensamento e a comunicação.
Quanto mais uma função é ativada, mais forte e eficiente ela tende a se tornar. Ao contrário, quando não estimulada, essa mesma função pode se enfraquecer ou regredir. A ciência já demonstrou que o cérebro humano é altamente plástico e dinâmico. Cada neurônio pode se conectar a milhares de outros, formando verdadeiras redes de aprendizagem. Como destaca Rudimar dos Santos Riesgo (2006, p. 24):
O uso faz aumentar o número de conexões, enquanto que o desuso faz diminuir a quantidade de botões sinápticos.
Por isso, jogos como o Desafiômetro cumprem um papel precioso: tornam o aprender um ato leve, prazeroso — e, acima de tudo, ativo.
Sugestão de uso
- Coloque o tabuleiro em uma superfície plana.
- Embaralhe as cartas de desafio e deixe-as em uma pilha.
- Disponibilize uma miçangas (pode ser bolinhas de massinha de modelar) para as crianças.
- Se desejar, utilize uma ampulheta de 30 segundos ou um cronômetro para medir o tempo de resposta.
- Na vez de cada criança, você pega uma carta da pilha, lê o desafio e ela precisa cumpri-lo em até 30 segundos.
A cada desafio cumprido, a criança sobe um nível no Desafiômetro. - Se virar uma carta que tem a figura de um ratinho, passa a vez.
- Ganha o jogo quem atingir o topo do Desafiômetro primeiro!
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Um abraço e até o próximo post! 😊
Referência Bibliográfica
RIESGO, Rudimar dos Santos. Anatomia da aprendizagem. In ROTTA, Newra Tellechea; OHLWEILER, Lygia; RIESGO, Rudimar dos Santos. Transtornos da aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2007.
Arquivo digital em formato PDF contendo:
- 32 fichas;
- 01 tabuleiro;
- 01 embalagem;
- Instruções de Uso.
Para você imprimir, montar e jogar
VALOR PROMOCIONAL DE LANÇAMENTO SOMENTE HOJE (21/05/2025)
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Arquivo DesafiômetroR$14.50
Talvez você queira saber:
- Esse jogo é indicado para qual faixa etária?
O Desafiômetro foi pensado para crianças a partir de 6 anos, mas sua aplicação depende dos conhecimentos prévios e das necessidades de cada criança. Cabe ao profissional que acompanha a criança avaliar se o jogo é adequado e se poderá contribuir de forma significativa para o seu desenvolvimento. - O jogo pode ser usado com crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem ou TDAH?
Sim! O jogo é excelente para estimular funções cognitivas que geralmente demandam mais suporte nesses casos, como atenção, controle inibitório e flexibilidade cognitiva, desde que os desafios sejam adaptados conforme a necessidade da criança. - O jogo trabalha habilidades relacionadas à alfabetização ou apenas funções cognitivas gerais?
O jogo trabalha principalmente funções cognitivas gerais, mas algumas delas — como atenção, memória e linguagem — dão suporte direto ao processo de alfabetização.
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