Decodifique e Calcule

Decodifique e Calcule

O-lá!

A adição é uma das primeiras operações matemáticas que as crianças aprendem e está diretamente relacionada à construção do pensamento lógico e ao desenvolvimento do raciocínio matemático. Mas como podemos introduzir essa habilidade de forma significativa e engajadora?

Antes mesmo de apresentar os símbolos matemáticos, é essencial permitir que as crianças explorem materiais concretos e situações do cotidiano que envolvam a soma de elementos. Blocos, tampinhas, palitos e fichas são excelentes recursos para ilustrar a soma de quantidades. Ao manipular e visualizar a união de conjuntos, a criança constrói uma compreensão mais intuitiva antes de passar para a representação numérica.

Bigode e Frant (2011, p. 33) destacam a importância desse processo exploratório:

[…] se observarmos as crianças explorando materiais e enfrentando problemas, veremos que elas são capazes de desenvolver estratégias diversas e não convencionais para resolver aqueles problemas de natureza aditiva, algumas bastante engenhosas.

Isso significa que, em vez de ensinar apenas um método fixo, devemos incentivar a criatividade e a experimentação das crianças, permitindo que elas descubram diferentes formas de resolver problemas aditivos.

Após explorar a adição de maneira concreta e visual, as crianças podem começar a registrar suas descobertas com números, consolidando a aprendizagem.

Minha proposta de hoje é o jogo “Decodifique e Calcule”, que contribui não apenas para o desenvolvimento da habilidade de adição, mas também para a atenção e o pensamento lógico. Além disso, esse jogo estimula a autonomia na busca por informações e na realização de cálculos.

Sugestão de Uso:
  1. Apresente a tabela para a criança. Deixe que ela explore os símbolos, seus nomes, cores e os números correspondentes a cada um.
  2. Introduza uma página do “Decodifique e Calcule”. A criança precisará substituir os símbolos por seus respectivos números, recorrendo à tabela como apoio.
  3. Após identificar os números, a criança faz as somas e registra os resultados.
  4. Para conferir as respostas, a criança levanta o papel que cobre o resultado.
Quer ampliar o desafio?

Acrescente uma sineta! A criança que terminar primeiro o cálculo bate na sineta e marca um ponto. Ganha quem conquistar mais pontos ao longo da atividade.

Por fim, é importante estarmos cientes que cada criança desenvolve a compreensão da adição no seu próprio ritmo. Algumas rapidamente percebem padrões, enquanto outras precisam de mais experiências concretas antes de se sentirem confortáveis com os números. O papel do educador é observar, interagir e valorizar as estratégias utilizadas pela criança, garantindo que ela construa seu conhecimento de forma autônoma e significativa.

Gostou do que viu por aqui? Amo saber se estou contribuindo! Esse retorno dá sentido ao meu trabalho. 💛

Um abraço e até mais!

Referência Bibliográfica

BIGODE, Antonio J.L; FRANT, Janete Bolite. Matemática: soluções para dez desafios do professor. São Paulo: Ática, 2011.

Clique no link abaixo para adquirir o arquivo digital em formato PDF contendo:

  • 32 desafios;
  • 01 tabela;
  • Instruções de uso.

Para você imprimir, montar e jogar.

Talvez você queira saber:

1) Qual a idade ideal para começar a ensinar adição para uma criança?

Não há uma idade exata para iniciar o ensino da adição, pois o desenvolvimento matemático acontece de forma gradual e varia de criança para criança. No entanto, por volta dos 4 ou 5 anos, as crianças já começam a demonstrar interesse e capacidade para compreender relações numéricas simples, como juntar quantidades.

Atividades como contar brinquedos, dividir lanches e brincar de agrupar objetos são formas naturais de introduzir a ideia de soma antes da formalização do conceito matemático.

O jogo “Decodifique e Calcule”, sugiro por volta dos 5/6 anos.

2) Por que é importante introduzir a adição com materiais concretos antes de apresentar os símbolos matemáticos?

A aprendizagem matemática começa no concreto e se desenvolve gradualmente até alcançar o pensamento abstrato. Quando as crianças manipulam objetos para resolver problemas aditivos, elas conseguem visualizar e compreender o que significa “juntar” quantidades antes de lidar com números e símbolos.

O uso de materiais concretos, como blocos, tampinhas, palitos e fichas, possibilita que a criança estabeleça conexões entre a experiência sensorial e a representação numérica. Isso evita que a adição seja apenas uma regra mecânica e ajuda na construção do pensamento lógico.

Além disso, permitir que a criança descubra estratégias próprias ao manipular materiais estimula a autonomia e a flexibilidade cognitiva, tornando o aprendizado mais significativo e duradouro.

3) O jogo “Decodifique e Calcule” pode ser usado com crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem em matemática, como discalculia? Como adaptar?

Sim, o jogo pode ser utilizado com crianças que apresentam discalculia ou outras dificuldades matemáticas, desde que sejam feitas algumas adaptações para tornar a aprendizagem mais acessível e eficaz. Algumas estratégias incluem:

  • Comece com desafios mais fáceis: Introduza atividades mais simples e aumente a dificuldade progressivamente. O uso de materiais concretos, como material dourado ou palitos de picolé, pode ser um apoio importante no início da aprendizagem.
  • Tempo maior para resolução: Crianças com dificuldades precisam de mais tempo para processar informações, então evite a pressão por velocidade nas primeiras etapas do jogo.
  • Intervenção verbal: Estimule a criança a verbalizar os passos do cálculo, explicando seu raciocínio. Isso pode fortalecer sua compreensão do processo aditivo e ajudá-la a organizar o pensamento matemático.

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