O-lá!
Os jogos são recursos potentes no processo de ensino e aprendizagem. Quando bem escolhidos e intencionalmente utilizados, eles despertam o interesse, promovem envolvimento e criam situações que exigem da criança observação, tomada de decisão, antecipação, argumentação e reflexão. A ludicidade, portanto, não é apenas um atrativo: é uma aliada no desenvolvimento cognitivo, emocional e social.
No entanto, para que o jogo cumpra seu papel educativo, é essencial que o professor vá além do momento lúdico. A escolha do jogo deve estar alinhada aos objetivos pedagógicos e às necessidades do grupo. Um mesmo jogo pode exigir mediações diferentes a depender do nível de compreensão, das hipóteses de escrita ou das características individuais das crianças. Como lembram Artur Gomes de Morais e Tarciana Pereira da Silva Almeida (2022, p. 149):
Sim, é preciso que você esteja sempre atenta/o para ajustar o emprego dos jogos às necessidades dos seus alunos e às circunstâncias do funcionamento da aula, da turma, no cotidiano escolar. […]
Essa atenção à mediação é o que transforma o jogo em ferramenta de aprendizagem significativa. Jogar, por si só, não garante avanço. O que realmente faz diferença é a forma como o professor observa, questiona, orienta e amplia as possibilidades de reflexão durante e após a atividade.
Outro aspecto fundamental é o registro. Após o jogo, é importante avaliar o que a criança aprendeu, quais estratégias utilizou, de que maneira evoluiu e que novas intervenções podem ser planejadas. Esse acompanhamento dá sentido à prática.
Em síntese, o jogo é um meio. Um meio prazeroso, potente e cheio de possibilidades, mas que ganha verdadeiro valor educativo quando o professor o utiliza de forma intencional, reflexiva e sensível às singularidades de cada criança.
Hoje eu trouxe o jogo “Deu Frase!”. Uma maneira lúdica de estimular a construção de frases. Veja abaixo algumas habilidades estimuladas com o jogo.
Habilidades estimuladas:
- Construção de frases;
- compreensão da estrutura sujeito–verbo–complemento;
- ampliação do vocabulário;
- leitura e escrita de palavras;
- desenvolvimento do pensamento lógico e da coerência textual;
- criatividade e expressão escrita;
- atenção e concentração;
- interação e troca com os colegas.
Gostou? Está alinhado ao que você busca desenvolver nas crianças? Então, bora ver como utilizar?
Sugestão de uso:
- Organize três pilhas de cartas: uma de personagens, outra de verbos e outra de complementos.
- A criança escolhe uma carta de cada pilha de modo que, juntas, formem uma frase coerente.
- Depois de algumas rodadas, proponha um novo desafio: registrar no caderno a frase de que mais gostou e, a partir dela, criar uma pequena história.
É isso, gostou do que viu por aqui? Brincar é maravilhoso, mas ensinar por meio do brincar é ainda mais. Que cada jogo seja também uma ponte para o aprendizado, para o encantamento e para o desenvolvimento de cada criança que cruza o nosso caminho.
Um abraço e até o próximo post!
Referência Bibliográfica:
MORAIS, Artur Gomes de. Jogos para ensinar ortografia: ludicidade e reflexão. Belo Horizonte: Autêntica, 2022.
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- 81 fichas (27 personagens, 27 verbos, 27 complementos);
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Para você imprimir, montar e jogar!
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Talvez você queira saber:
1. O jogo “Deu Frase!” pode ser utilizado em qual fase da alfabetização?
É especialmente indicado para aquelas que estão avançando da hipótese silábica para a silábico-alfabética e alfabética, pois permite observar como as palavras se organizam para formar um enunciado com sentido. A atividade favorece tanto o reconhecimento da estrutura sujeito–verbo–complemento quanto o desenvolvimento da escrita espontânea e da coerência textual.
2. Como o jogo pode auxiliar crianças que apresentam dificuldade na produção de frases?
Para crianças que ainda têm dificuldade em produzir frases completas, o jogo funciona como um apoio visual e estruturador. Ao ver as palavras distribuídas em categorias (personagem, verbo e complemento), a criança consegue compreender melhor a lógica da organização da frase e passa a experimentar combinações de forma mais autônoma e segura. Além disso, o caráter lúdico reduz a ansiedade e cria um ambiente favorável à aprendizagem, permitindo que o professor observe e intervenha de maneira mais sensível às necessidades de cada uma.
3. De que maneira o professor pode tornar a atividade mais desafiadora para as crianças que já dominam a construção de frases simples?
Para ampliar o desafio, o professor pode propor a reescrita, modificando tempos verbais, pronomes ou complementos, o que favorece a consciência sintática e amplia o repertório linguístico. Essas variações mantêm o interesse das crianças, estimulam a criatividade e aprofundam o aprendizado da estrutura da língua.




1 Comentário
Excelentes recursos!
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