Lince Adição e Subtração

Lince Adição e Subtração

O-lá!

Quando pensamos no ensino da matemática para crianças, uma dúvida comum surge: a adição deve ser ensinada antes da subtração? Ou podemos introduzi-las simultaneamente? Para responder a essa questão, é essencial considerar as condições maturacionais e os estudos sobre o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático.

Pesquisadores como Constance Kamii, baseando-se nas teorias de Piaget, destacam que a construção do conhecimento matemático ocorre a partir da ação da criança sobre o meio. Isso significa que a criança precisa experimentar, manipular e refletir sobre quantidades antes de compreender plenamente as operações matemáticas.

Nos primeiros anos, as crianças desenvolvem o conceito de número progressivamente, passando por fases importantes, como:

  • Correspondência um a um: relacionar um objeto a outro (exemplo: uma colher para cada prato);
  • Classificação e seriação: identificar semelhanças e ordenar objetos;
  • Cardinalidade: entender que o último número contado representa a quantidade total.

Após consolidar esses conceitos, a criança está mais preparada para compreender operações matemáticas como a adição e a subtração.

Adição ou subtração: qual vem primeiro?

A maioria dos teóricos concorda que a adição deve ser apresentada antes da subtração. Isso ocorre porque a adição está diretamente ligada à ideia de juntar quantidades, um conceito mais concreto e intuitivo para as crianças pequenas. Já a subtração exige um nível maior de abstração, pois envolve a ideia de retirar ou comparar quantidades, o que demanda uma compreensão mais avançada sobre o sistema numérico.

Algumas abordagens mostram que, dependendo do contexto, a subtração pode ser apresentada como uma operação complementar à adição. No entanto, sua plena compreensão geralmente acontece após a criança já ter familiaridade com a soma.

Agora, o mais importante é garantir que a criança tenha experiências concretas antes de lidar com os símbolos matemáticos. O uso de jogos, materiais manipuláveis e situações do cotidiano facilita essa construção do conhecimento. Conforme Kamii & Declark (1997, p. 19) destacam:

Quando as pessoas são encorajadas a pensar, a estudar e expressar sua discordância, elas geralmente chegam à verdade mais rápido do que quando suas opiniões não são valorizadas.

Isso reforça a importância de permitir que as crianças argumentem, discutam estratégias e aprendam por meio da troca de ideias.

Uma forma eficaz e divertida de estimular essa vivência concreta com os números é por meio de jogos. O Lince de Adição e Subtração é uma excelente opção para trabalhar a atenção, o pensamento lógico, a percepção visual e a tomada de decisões rápidas. Ah, e um detalhe importante: você pode retirar as fichas de subtração caso a criança ainda precise de mais tempo e vivências com a adição antes de avançar. Essa flexibilidade torna o jogo mais acessível e ajustável conforme a fase de aprendizagem da criança.

Além disso, ele favorece momentos em que as crianças confrontam respostas e discutem diferentes estratégias de resolução, promovendo o pensamento crítico e a autonomia. Assim, a aprendizagem acontece de forma mais significativa e prazerosa

Sugestão de uso:
  1. Coloque o tabuleiro em uma superfície plana e as fichas dentro de um saco;
  2. Cada criança, na sua vez, pega uma ficha;
  3. Todas as crianças, ao mesmo tempo, resolvem a operação matemática e, em seguida, procuram o resultado no tabuleiro;
  4. Quem encontrar primeiro fica com a ficha;
  5. Ganha quem conquistar mais fichas.

Para finalizar, é sempre importante frisar que o mais importante é respeitar o desenvolvimento natural de cada criança. Mais do que seguir uma sequência rígida, é fundamental proporcionar experiências ricas e desafiadoras para que os alunos construam um pensamento matemático sólido e autônomo.

É isso! Gostou do que viu por aqui? Que tal me contar 😉

Um abraço e até mais!

Referência Bibliográfica:

KAMII, Constance; DECLARK, Georgia. Reinventando a aritmética: implicações da teoria de Piaget. 13. ed. Campinas: Papirus, 1997.

Clique no link abaixo para adquirir o arquivo PDF contendo:

  • 48 fichas (24 de adição e 24 de subtração)  ;
  • 01 tabuleiro;
  • 01 embalagem;
  • Instruções de uso.

Para você imprimir, montar e usar 🙂

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Talvez você queira saber:

1) Existe uma idade ideal para começar a ensinar adição e subtração?

Não há uma idade exata, mas geralmente a adição é compreendida por volta dos 5 ou 6 anos, quando a criança já tem noção de número e quantidade. A subtração vem depois, pois exige mais abstração. O mais importante é respeitar o ritmo da criança e oferecer experiências concretas antes da abstração.

2) Crianças que memorizam contas sem compreender os conceitos terão dificuldades no futuro?

A memorização isolada de contas sem a compreensão dos conceitos pode prejudicar o aprendizado matemático a longo prazo. Isso porque a criança pode ser capaz de repetir resultados sem entender o porquê das operações. Esse tipo de aprendizado mecânico pode gerar dificuldades quando forem introduzidos problemas mais complexos que exigem raciocínio lógico e flexibilidade de pensamento. O ideal é garantir que a criança compreenda os princípios da adição e subtração antes de incentivar a memorização de fatos numéricos. Jogos, atividades concretas e situações do cotidiano ajudam a construir esse entendimento de forma mais significativa.

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