Mistério no Galinheiro

Mistério no Galinheiro

O-LÁ!

Quando a criança começa a aprender a ler, ela está se aventurando por um caminho no qual será preciso construir uma ponte entre o que se vê e o que se ouve — e essa ponte se forma com atenção, escuta e muito trabalho.

Stanislas Dehaene (2012, p. 245) nos lembra que:

A etapa decisiva da leitura é a de decodificação dos grafemas em fonemas, é a passagem de uma unidade visual a uma unidade auditiva. É, pois, sobre essa operação que se devem focalizar todos os esforços.

Essa é, de fato, uma etapa decisiva no processo de alfabetização. Ou seja, a criança precisa reconhecer o que está escrito e relacionar isso aos sons que conhece da fala.

Esse é um passo fundamental para transformar a leitura em algo com sentido — e não apenas em um exercício mecânico.

Para apoiar essa construção, é importante oferecer experiências que sejam envolventes, desafiadoras e significativas.

Pensando nisso, hoje trago como sugestão o jogo “Mistério no Galinheiro”. Nele, a criança encontra pistas rimadas e deve formar palavras a partir de sílabas embaralhadas. A proposta é ajudar a Galinha Dora a recuperar as palavras de sua tarefa escolar. E, enquanto brinca, a criança amplia seu vocabulário, desenvolve a leitura e refina sua atenção aos sons que compõem as palavras.

🐔 Sugestão de Uso:

1. Comece lendo a história da Galinha Dora para as crianças. Essa introdução cria envolvimento e dá sentido à proposta do jogo.
2. Disponibilize o tabuleiro em uma superfície plana, acessível a todos.
3. Sorteie uma carta do envelope e leia (em voz alta ou junto com as crianças).
4. As crianças devem descobrir qual é a palavra e procurar no tabuleiro as sílabas que a compõem.
6. O jogo termina quando todas as palavras forem completadas.

💡 Na margem inferior de cada carta, há a resposta (em tamanho pequeno e de cabeça para baixo), que pode ser usada como apoio caso a criança tenha muita dificuldade para identificar a palavra.

🤝 E tem mais!
Este é um jogo sem competição.
As crianças podem jogar juntas, conversando, trocando ideias, cooperando.
Uma brincadeira que valoriza o percurso, não apenas a chegada.

É isso! Gostou do que viu por aqui? Espero que sim.

Uma abraço e até mais!

Referência Bibliográfica:
DEHAENE, Stanislas. Os neurônios da leitura: como a ciência explica a nossa capacidade de ler. 2. ed. Porto Alegre: Penso, 2012.


Arquivo digital em formato PDF contendo:

  • 27 cartas;
  • 01 tabuleiro;
  • 01 embalagem (envelope para cartas);
  • 01 card com uma breve história;
  • Instruções de uso.

Para você imprimir, montar e jogar

VALOR PROMOCIONAL DE LANÇAMENTO ATÉ (06/06/2025)

Talvez você queira saber:

1. Quantas crianças podem jogar ao mesmo tempo? É melhor em grupo ou individual?

O jogo “Mistério no Galinheiro” pode ser utilizado tanto de forma individual quanto em pequenos grupos.
Em contexto individual, a criança tem mais tempo para refletir, testar hipóteses e ser observada de perto. Já em grupo, o jogo ganha um valor social e colaborativo, pois favorece a troca de ideias, o diálogo e o raciocínio compartilhado.

Como o jogo não é competitivo, ele se adapta bem a situações de cooperação entre pares — o que é excelente do ponto de vista pedagógico. Dois ou três participantes já formam um grupo ideal.

2. Qual a faixa etária ideal para usar o “Mistério no Galinheiro”?

O jogo foi pensado para crianças que já estão em processo de alfabetização, ou seja, que já reconhecem sílabas simples e estão começando a ler palavras.
Geralmente, isso ocorre entre os 5 e 7 anos, mas depende do nível de conhecimento prévio da criança, e não apenas da idade.

Crianças mais velhas (8 ou 9 anos) que ainda estejam consolidando a leitura de palavras também podem se beneficiar — especialmente se apresentarem dificuldades relacionadas à segmentação ou fluência.

3. Há risco da criança se apoiar no gabarito e não fazer esforço para pensar na resposta? Como mediar isso?

Sim, esse risco existe — especialmente se a criança souber desde o início que a resposta está visível. Por isso, no jogo “Mistério no Galinheiro”, o gabarito foi colocado de forma discreta, em tamanho pequeno e de cabeça para baixo, na margem inferior da carta.

Ainda assim, a mediação do adulto é essencial.
Antes de permitir que a criança consulte a resposta, é importante incentivá-la a tentar, refletir, conversar e até mesmo errar — como parte do processo de aprendizagem.

Se você perceber que a criança está olhando automaticamente para o gabarito, uma sugestão simples é cobrir a resposta com um post-it ou pedacinho de papel dobrado, deixando claro que ela só poderá conferir depois de fazer uma tentativa real.

Dizer algo como:

“A resposta está ali, mas vamos tentar primeiro? Se ficar muito difícil, a gente dá uma espiadinha!”

Dessa forma, o gabarito se mantém como um apoio pedagógico respeitoso, e não como um atalho que impede a aprendizagem.

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