O que você faria?

O que você faria?

Oie!

Vou começar o nosso papo de hoje provocando um questionamento… Por que, frequentemente, vemos adultos resolvendo os conflitos entre as crianças? Penso que, quando tomamos essa atitude, de certa forma, destruímos a iniciativa delas e, o que é pior (!),  fazemos com duvidem da sua própria capacidade em pensar. Óbvio que, precisamos estar atentos e não estou aqui dizendo para deixar as crianças em situações de risco, o que sugiro é, quando elas vêm nos relatar algum conflito, ao invés de imediatamente nos colocarmos a disposição para resolver, podemos mediar a situação de uma maneira que, na medida do possível, elas cheguem a uma estratégia de resolução.

Lapierre e Lapierre (2010, p. 70) afirmam que:

A procura sistemática da proteção do adulto mantém a dependência e não permite que a criança afirme sua identidade.  A criança que se beneficia constantemente da proteção do adulto se faz cada vez mais de fraca para manipular este último em seu proveito e em detrimento dos outros.

Ou seja, ao invés de ajudar, estaremos impedindo o desenvolvimento da criança.

KAMII e DECLARK (1997, p. 60) explicam que:

Situações da vida diária e jogos em grupo oferecem oportunidades para as crianças pensarem.

Então podemos aproveitar as situações do cotidiano porque as crianças estão emocionalmente envolvidas e isso contribui para que tenham interesse e pensem em estratégias para resolver com autonomia os seus conflitos.

O jogo que eu trouxe como sugestão hoje é excelente para estimular a criança a pensar em estratégias de lidar com situações hipotéticas de problemas, conflitos ou de imensa alegria. A ideia não é culpabilizar as respostas, mas refletir sobre elas. Será que diante de um problema todos resolveriam da mesma forma? Será  que existem maneiras diferentes de lidar e resolver? Por ter textos curtos este jogo é também um excelente recurso para utilizar com crianças em processo de alfabetização.

Sugestão de uso:

Coloquem as cartas dentro de uma caixa ou sacola e o tabuleiro sobre uma superfície plana. Entreguem para cada criança um peão para que elas coloquem em uma das casas do tabuleiro. Combinem com as crianças que vence o jogo quem chegar à casa do colega primeiro.

Cada criança, na sua vez, retira uma carta da caixa, lê e verbaliza o que faria naquela situação. Outras crianças podem também dizer se pensam da mesma maneira ou não. Em seguida, a criança avança (em sentido horário) com seu peão o número de casas indicado na carta. O jogo segue até ter um(a) vencedor(a).

Por hoje é isso! Falem pra mim se esta sugestão foi útil para vocês 😉

Um forte abraço.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KAMII, Constance; DECLARK, Georgia. Reinventando a aritmética: implicações da teoria de Piaget. Campinas: Papirus, 1997.

LAPIERRE, Andre; LAPIERRE, Anne. O adulto diante da criança de 0 a 3 anos: psicomotricidade relacional e firmação da personalidade. Curitiba: UFPR, 2010.

Clique no link abaixo para adquirir o arquivo PDF contendo:

  • 20 cartas;
  • 01 tabuleiro;
  • Instruções de uso.

É enviado por e-mail.

3 Comentários

  • Marina Publicado 30 30-03:00 dezembro 30-03:00 2019 8:59 PM

    Oi . você tem alguma atividade ou um jogo para trabalhar o domínio da Leitura ou o domínio da linguagem oral para o pré – escolar? Pode partilhar comigo, por favor? Grata , pela sua atenção

  • Luiza Vieira Maia Publicado 9 09-03:00 outubro 09-03:00 2019 12:47 PM

    Estou cada dia mais apaixonada por suas publicações!!!
    Eu não sei se você tem noção do quanto contribui. Minha filha ama seus jogos e foi a partir deles que começou a se interessar por leitura,
    Muito, muito obrigada!

    • Solange Moll Publicado 10 10-03:00 outubro 10-03:00 2019 7:08 AM

      Querida, Luiza!
      Obrigada por me contar que estou contribuindo.
      Um forte abraço em você e na sua filhota. #estamosjuntas

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