Zoo Embaralhado

Zoo Embaralhado

O-lá!

A leitura parece algo simples quando já sabemos fazer, mas, para a criança que está começando, trata-se de um verdadeiro desafio. Isso porque o cérebro humano não nasceu pronto para essa tarefa — ele precisa se adaptar, criar novas conexões e reorganizar funções para tornar possível aquilo que não é natural: reconhecer letras, formar palavras, compreender significados.

Estudos como os de Stanislas Dehaene (2012) mostram que, para aprender a ler, o ser humano precisa adaptar áreas do cérebro originalmente responsáveis pelo reconhecimento visual — como rostos e objetos — para reconhecer letras, sílabas e palavras. Não nascemos com uma área específica para a leitura: ela precisa ser construída, transformando o que já existe em algo novo.

Esse caminho, no entanto, não acontece de forma isolada. A aprendizagem da leitura e da escrita se dá no encontro com o outro — nas trocas, nas tentativas compartilhadas, nas escutas atentas e nas brincadeiras cheias de significado. Como afirma Ana Albuquerque (2022, p. 84):

A participação em situações de leitura e escrita colaborativa contribui para o desenvolvimento da aquisição da linguagem escrita, sobretudo em interação com pares e adultos […].

Ou seja, quando a criança está inserida em um ambiente que favorece a interação, o brincar e o pensar junto, as oportunidades de aprendizagem se multiplicam.

Pensando nesse cenário, desenvolvemos o jogo Zoo Embaralhado, um recurso lúdico que contribui para o desenvolvimento de habilidades fundamentais no processo de alfabetização — como a percepção visual e a atenção.

Durante o jogo, a criança:

  • Estimula a atenção, a percepção visual e o pensamento lógico;
  • Exercita a formação de hipóteses sobre palavras;
  • Participa de uma atividade socialmente compartilhada, em que escuta, argumenta e interage com os demais jogadores.

Bora saber como jogar?

Sugestão de uso:

  1. Coloque o tabuleiro sobre uma superfície plana.
  2. Coloque as fichas numeradas dentro de um saco.
  3. Deixe, ao lado, as cartas que mostram a parte superior dos animais, viradas para baixo.
  4. Cada jogador, em sua vez:
    • Sorteia uma ficha com número do saco.
    • Procura no tabuleiro o número correspondente.
    • Observa a parte inferior do animal e tenta identificá-lo com base na imagem parcial e nas letras embaralhadas.
    • Utiliza as mesmas letras (você pode oferecer letras móveis, como as de EVA) para formar o nome do animal que acredita ser.
    • Em seguida, pega a carta com a parte superior do animal e confere se o encaixe está correto.
    • Se acertar, fica com a ficha sorteada!
  5. Se sortear uma ficha “Ops!”, perde a vez.
  6. Se sortear uma ficha “Escolhe!”, o jogador pode escolher qualquer número do tabuleiro para tentar descobrir o animal correspondente. Se acertar, fica com a ficha “Escolhe!”.
  7. Ganha o jogo quem conquistar três fichas da mesma cor (vermelho, laranja ou verde) ou uma ficha “Escolhe!” e duas fichas da mesma cor.

📌 Observação:
Se, no decorrer do jogo, algum jogador sortear uma ficha com número já utilizado com a carta “Escolhe!”, essa ficha deve ser colocada de lado e uma nova deve ser sorteada.

É isso! Gostou do que viu por aqui?
Que tal me contar nos comentários? Eu amo saber quando estamos contribuindo com o nosso trabalho. 💚

Referências Bibliográficas:

ALBUQUERQUE, Ana. Linguagem escrita na educação infantil: práticas pedagógicas promotoras da aprendizagem em sala de aula. In: SARGIANI, Renan (org.). Alfabetização baseada em evidências: da ciência à sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2022

DEHAENE, Stanislas. Os neurônios da leitura: como a ciência explica a nossa capacidade de ler. Porto Alegre: Penso, 2012.

VALOR PROMOCIONAL DE LANÇAMENTO SOMENTE HOJE (23/04/2025)

Arquivo digital em formato PDF contendo:

  • 32 fichas com animais;
  • 32 fichas com números;
  • 01 tabuleiro;
  • 01 embalagem;
  • Instruções de uso.

Para você imprimir, montar e jogar.

Talvez você queira saber:

1) Como adaptar o jogo para crianças mais avançadas na escrita?
Para ampliar o desafio, você pode cobrir as letras embaralhadas, deixando visível apenas a imagem da parte inferior do animal. Assim, a criança precisará fazer sua hipótese com base apenas na imagem e não terá o apoio para saber quais letras são necessárias para escrever o nome do animal. Além disso, pode-se propor que, após descobrir o animal corretamente, ela escreva uma frase com o nome dele, estimulando a produção de escrita e o uso contextual da palavra.

2) Qual é a faixa etária mais indicada para o uso do Zoo Embaralhado?
O jogo é indicado, em geral, para crianças a partir de 5 ou 6 anos — especialmente quando já começam a formar palavras (hipóteses silábica com valor sonoro ou silábico-alfabética). No entanto, tudo depende dos conhecimentos prévios da criança e de seu interesse.

Com a devida mediação, o jogo também pode ser apresentado a crianças em fase pré-silábica, como uma forma de estimular a percepção de letras, sons e vocabulário — mesmo que elas ainda não consigam escrever os nomes dos animais sozinhas. Esse contato ajuda a construir a noção de que cada palavra tem suas próprias letras, ou seja, que a escrita não é uma escolha aleatória, e sim um sistema com regras e significados.

Além disso, o Zoo Embaralhado pode ser utilizado com adolescentes ou adultos em processo de alfabetização, já que as imagens dos animais não são infantilizadas.

3) Esse jogo pode ser usado em contextos terapêuticos, como em atendimentos psicopedagógicos?
Sim! O Zoo Embaralhado é excelente para intervenções psicopedagógicas, pois trabalha linguagem, atenção, memória e organização do pensamento de forma lúdica e significativa.

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