Oie!!!
Outro dia recebemos uma mensagem na qual nos perguntavam sobre qual o melhor método de alfabetização. Este é um questionamento que não temos como responder. Nossa experiência nos demonstrou, por diversas vezes, que cada criança aprende de um jeito. Por isso o mais indicado é observar a criança para identificar como ela aprende.
Um outro ponto importante é que jamais podemos nos referir a uma criança em processo de alfabetização que: “Ela/ele ainda não sabe nada”. Talvez a criança não esteja atendendo a expectativa convencional de escrita dos pais, dos professores, mas isso não significa que a ela não tenha nenhum conhecimento.
[…] nenhum sujeito parte do zero ao ingressar a escola de ensino fundamental, nem sequer as crianças de classe baixa, os desfavorecidos de sempre. […] (FERREIRO, E. ; TEBEROSKY, A., 1999, p. 291).
Ou seja, é preciso entender que aprender a ler e escrever é um processo de construção e cada criança tem um ritmo e necessidade de mediação particular. O mediador precisa ampliar a escuta, a observação e, realmente, não tem fórmula mágica. A prática e a boa vontade faz com que desenvolvemos nossa sensibilidade para a escuta 😉
Esperamos que vocês possam aproveitar a sugestão de intervenção que trouxemos hoje. O objetivo é estimular a consciência fonológica, a relação fonema x grafema, o pensamento lógico, a coordenação motora fina para auxiliar no processo de construção da escrita. Ampliem, façam as adaptações necessárias. <3
Sugestão de uso:
Comecem pedindo para as crianças observarem a letra que está em destaque na página. Em seguida, tentarem reproduzir a letra com o corpo (podem imitar a figura que aparece na página) e falar nome/som.
Depois, solicitem que as crianças identifiquem e percorram o caminho das palavras que iniciam com aquela letra/som para chegar ao livro.
Por fim, digam para as crianças escreverem os nomes das figuras observando que cada uma tem um campo correspondente.
Dica: Se vocês colocarem as páginas em uma pasta catálogo (aquelas com plástico), os aprendentes podem escrever sobre o plástico com uma canetinha e, após o uso, é só apagar com uma flanela.
Encerramos mais um post com o desejo que tenha contribuído.
Um forte abraço 😘
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FERREIRA, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999
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