Tic-Tac

Tic-Tac

O-lá!

Para o bom desenvolvimento cognitivo, emocional e físico de uma criança, sabemos que é muito importante oferecer tempo, silêncio e espaço para que ela pense, organize suas ideias e encontre o caminho das respostas com tranquilidade.

No entanto, nem sempre o desafio está em ter tempo de sobra. Às vezes, o que a criança precisa é de ritmo. De desafio. De jogos que façam seu cérebro se mexer mais rápido. De brincadeiras que ativem sua atenção, que instiguem a curiosidade e, ao mesmo tempo, peçam agilidade na resposta.

É aí que entra a ideia de estimular, de forma lúdica e cuidadosa, a velocidade de processamento — uma habilidade cognitiva que envolve perceber, interpretar e responder a um estímulo em pouco tempo. Ela está diretamente ligada ao desempenho em leitura, escrita, cálculo e também na maneira como a criança lida com tarefas do cotidiano.

Mas, claro: isso precisa ser feito com equilíbrio.

Qualquer atividade envolvendo um limite de tempo, até mesmo um jogo, é uma fonte de tensão. A presença de um prazo final pode interferir em sua habilidade de concentração.” (MEMÓRIA, estresse e ansiedade, 2006, p. 322)

Ou seja, não se trata de apressar a criança o tempo todo. Trata-se de saber dosar. De oferecer tanto jogos que acolham o tempo interno da criança, quanto desafios que provoquem uma resposta mais rápida — sem cobrança, mas com ludicidade.

Jogos com tempo marcado, como o Tic Tac, por exemplo, instigam a criança a organizar ideias, tomar decisões, testar hipóteses rapidamente. E sabe o que é melhor? Ela nem percebe que está treinando funções executivas… porque está brincando. Ou seja, de maneira controlada, é importante oferecer atividades que desafiem a criança a apresentar respostas com mais rapidez.

No fim das contas, é isso que buscamos: estimular com sentido e desafiar com alegria.

Chega de falação, vamos à explicação do jogo?

Sugestão de uso:

  1. Coloque o tabuleiro em uma superfície plana.
  2. Cubra as letras dos quadros com as fichas.
  3. Cada criança, na sua vez, joga o dado.
  4. Em seguida, ela deve procurar no tabuleiro uma ficha que tenha o mesmo tempo sorteado.
  5. A criança retira a ficha para descobrir as letras e tenta formar a palavra no tempo estipulado. No alto de cada coluna está indicado se as letras do quadro pertencem a um brinquedo, animal, fruta, parte do corpo ou peça de vestuário.
  6. Se conseguir, fica com a ficha. Do contrário, devolve-a ao mesmo quadro.
  7. O jogo termina quando todas as palavras tiverem sido descobertas.
  8. Ganha quem tiver conquistado mais fichas.

É isso! Gostou? Que tal me deixar saber?
Um abraço e até o próximo post!

Referência Bibliográfica:

MEMÓRIA, estresse e ansiedade. In: 101 maneiras de melhorar sua memória. Rio de Janeiro: Reader’s Digest, 2006.

Arquivo digital formato PDF contendo:

  • 01 tabuleiro;
  • 30 fichas;
  • 01 embalagem;
  • Instruções de uso.

Para você imprimir, montar e jogar.

PDF GRATUITO SÓ ATÉ AMANHÃ (17/07/2025)

Talvez você queira saber:

1) O que exatamente é velocidade de processamento e por que ela é importante na alfabetização?

A velocidade de processamento é a rapidez com que o cérebro percebe, interpreta e responde a um estímulo. No contexto da aprendizagem, isso significa: ouvir uma pergunta, entender o que foi dito, acessar o que já sabe e dar uma resposta — tudo isso em um tempo adequado.

Ela está diretamente relacionada à fluência de leitura, à escrita espontânea e à resolução de problemas. Quando a criança tem uma velocidade de processamento muito lenta, pode, por exemplo, entender o conteúdo, mas leva tempo demais para reagir, o que pode atrapalhar seu desempenho escolar.

Estimular essa habilidade de forma lúdica e respeitosa, como propõe o Tic Tac, ajuda a criança a pensar com mais agilidade — sem pressão, mas com desafio.

2) Esse tipo de jogo com tempo não pode deixar a criança ansiosa ou muito frustrada?

Depende de como for conduzido. Por isso, é essencial que o jogo seja apresentado com leveza, que o adulto monitore as reações da criança e que o foco esteja sempre no processo, não no acerto.

A ideia é brincar com o tempo. Criar ritmo, dar movimento ao pensamento.

Quando a criança percebe que pode errar, tentar de novo, rir, comemorar o que conseguiu… ela se sente segura. E quando se sente segura, ela aprende.

 

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